1 de outubro de 2008

Trânsito

Estava lá no ponto de ônibus, ouvindo o tradicional mp3. Aparelho que faz com que as pessoas te olhem estranhamente, talvez porque alguém com dois botões pretos nos ouvidos e movimentando a cabeça e as mãos de forma imperceptível, pelo menos pro ouvinte, ainda não é normal. Ou pior, quando um transeunte chega e pergunta o que estou ouvindo... Mas isso é assunto para outro post....

Voltando ao tema deste post... O ônibus chega, subo os degraus. Logo de cara vejo que os bancos antes da catraca estão livres, depois olho sobre a catraca e vejo aquele amontoado de gente. Sinto como se estivesse ganhado na loteria, como um rei que vai sentar em seu trono.

Até ai tudo as mil maravilhas. Porém, antes de me acomodar no assento, deparo com um cartaz enorme na minha frente. Não sei se em outras cidades também é assim, mas aqui, separando o motorista dos passageiros tem uma placa de vidro onde são coladas propagandas de paróquias que você nunca viu na vida ou cartazes para conscientizar a população. E como o momento é de puro ócio, sua mente lhe obriga a ler qualquer coisa, mesmo se fosse um tratado de 200 páginas.

Bom, por falta de imagens, tentarei ilustrar por meio de palavras. Era um cartaz onde havia um cidadão deitado sobre uma autoestrada (acostumando com as novas regras da língua), sobre ele passava uma faixa branca, simbolizando um cinto de segurança. Abaixo disso estava escrito que o não uso do cinto aumenta em 65% a chance de um acidente ser fatal.

MEU!!! Quem é a boa alma que cola isso em um ônibus? QUEM?? Quer dizer que se o motorista se descuidar, ele pode matar 65% das pessoas que estão ali? Tudo bem, vão dizer que a força não é a mesma por causa da diferença de velocidades. Realmente, a força será cerca de 100 vezes menor, isso se o carro estiver a 100km/h e o onibus a 10, mas que propicia uma nada agradavel sensação de que caiu uma bigorna de 800kg sobre sua cabeça. Vale lembrar que se dobrada a velocidade do ônibus, a sensação também será dobrada. (Segundo Mino Gozzo)

Enfim não é nada bom ler um cartaz como esse, não é... Ainda mais quando o motorista está atrasado.

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