O luto da naçao...

Ao entrar no colégio muito dos meus amigos olhavam para me e perguntavam. – E o Corinthians? Eu logo abria um sorriso irônico e com muita felicidade respondi. – Segunda divisão.

Dia 2 foi marcado por uma tragédia, porque não dizer um apocalipse em território brasileiro. O sofrimento de muitos chegou ao fim. O território em poucos minutos passou por uma forte comoção com a derrota do clube do parque são Jorge. Será que o nosso presidente Lula estava chorando as minguas pelo rebaixamento do seu tão amado clube? E o “grande” comentarista neto da Bandeirante Neto? Pois é. Olha como são as coisas.

Enquanto todas as emissoras de TV, Rádio, Internet noticiavam o feito banal, milhares de pessoas estão morrendo de fome e sendo assassinadas por um sistema sem fim e sem controle. Essa sim deve ser uma noticia digna de protestos, de um choro de um presidente, que até agora não mostrou a que veio. Isso sim é motivo de comoção e apocalipse de uma nação.

O preconceito também faz parte dessa sociedade desigual. Corinthians paulista, o todo poderoso timão do ex-Kia, jogar com os anônimos ABC, CearaSC, Bahia no nordeste? Que tragédias. Os paulistas são tão superiores aos nordestinos? Devo lembra-los que sem os “cabeças chatas” jamais essa metrópole seria o que é hoje.

Lembro que quando meu Botafogo com um time medíocre foi rebaixado para Serie B do Brasileirão a repercussão não foi igual ao do Campeão brasileiro de 2005, titulo que até hoje ninguém sabe se é verdadeiro. Fiquei triste, tive vontade de rasgar a camisa, ouvi meu pai chamando palavrões casa adentro. Porém não foi motivo para emissoras de TV ficarem fora do ar por dez minutos em motivo de protesto.

Vamos repensar em certas atitudes, o futebol é a paixão do brasileiro, a descontração dos domingos, mas quando algum vira obsessão, devo vos dizer que precisas de um tratamento psiquiatra, e quando a algum sem ética no profissionalismo é melhor deixar o cargo.

Já dizia Bezerra da Silva: “Para tirar meu Brasil dessa baderna só quando o morcego doar sangue e o saci cruzar as pernas”